quarta-feira, 19 de setembro de 2012
ATA DE UMA TARDE
Lolô, mais um email que escrevi para as mães explicando como foi a tarde em casa:
Todas se empinhocaram ao redor da gaiola do Bola, o porquinho-da-índia.
Oli foi eleita para abrir e pegar o pobre coitado.
Lolô, a segunda, tinha a incumbência de acalmar a vítima.
Helena posicionou sua cadeira perto do evento e perguntou:
- Vocês têm certeza que esse porquinho não tem nenhuma doença?
- Não, explicou Oli. Mas ele é muito sensível e morre até com barulho.
- Morre até de assustado, concordou Lolô.
- Coitadinho, disse a Marina com os olhinhos vidrados no bicho que qualquer coisa morre.
As que não estavam com o Bola no colo se preparavam como um jogador de basquete esperando o rebote e como uma batata quente que arranha, o bicho foi de colo em colo até cair nas mãos da Didi que, depois de levar um arranhão entregou o entregou para Nuna e se virou louca para mudar de assunto: gente (dizia, esfregando o dedo ferido) o Antonio me beijou na boca. De língua.
Isso até poderia ter chamado a atenção, não fosse pelo Bernardo que chegou do passeio na coleira e, pelos gritos, parecia que estava entrando em casa uma harpia, aquela ave caçadora que devoraria o Bola.
Histeria.
O porquinho foi arremessado para dentro da gaiola.
Os arranhões foram devidamente lavados e a história do beijo na boca ficou para outro dia.
Mas Didi casa dia 2 de outubro, segundo elas.
: )
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