domingo, 26 de outubro de 2008

UMAS PALAVRAS

É bom que aos trinta e quatro anos eu seja assim, viva assim, pense assim e continue a mesma... Desde que me lembro por gente tenho o costume de parar para dar uma olhada em coisas que me são caras. É bom que num sábado às 21h30 já esteja todo mundo dormindo. Ficar só, acordada, é tão bom. Tenho tempo de ler, de abrir gavetas, sentar no chão, ver livros, assistir ao que me der na cabeça. Às vezes vejo fotos antigas, vejo diários, me lembro das minhas dúvidas e angústias, rio. Não choro. Ouço músicas. Acabo com vontade de poesia.
Ontem resolvi assistir a um dvd que o Tin me deu chamado "Umas palavras." Um programa de entrevistas do canal Futura com grandes caras da literatura brasileira. Meu preferido foi o Affonso Romano de Santana. Gostei do Ferreira Gular também.
"as nuvens nuvem", " eu, mistura de seda e péssimo" "expressando alguma coisa que só encontra expressão ali" "ser somente o presente essa manhã nessa sala" "a repentina mão do delírio."
Há horas em que se precisa de poesia.
Depois fiquei olhando o livro do Artacho Jurado. O Edifício Bretagne é mesmo uma fineza.
Tão poético...

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