quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

NUNA COMEU LIMÃO

Nuna, por que você está tão brava com a mamãe hein? Me conta, filha. Você fala que não gosta mais de mim. Faz tantos desaforos. Uma outra mãe já podia até ter dado uns tapinhas no seu bumbum. Mas não eu. Te assisto aflita, minha paciência elástica vai loooonge. Mas aí ela acaba e eu ficou brava com você. Te ponho de castigo, faço uma cara bem feia, levanto a voz, que é meu jeito de dar tapas na bunda. Você parece até que fica aliviada como se fosse um passarinho batendo as asas sem saber voar ainda, grato por ser contido por alguém maior. Filha, eu te perdôo sempre em menos de 2 minutos. E me culpo por te dar tantas broncas. Mas você está muito chatinha. Muito azeda, muito pimenta, muito desaforada. Espero que eu ganhe mais metros de paciência para passar por essa fase sabendo que ela é só uma fase. Filha, acho que você quer a prova de que meu amor é incondicional. Acho que você quer me pôr à prova de todos os fantasmas que te afligem. Olha, amo você com todas as suas primeiras dores de existir.

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