segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

MÃE

Eu subestimei a ajuda da minha mãe nesses primeiros dias da bebê. Achei que ela não fosse conseguir me tirar do sufoco.
Ela sempre repetiu que tem pouca prática e muito boa vontade e não há discussão: ela tem enorme vontade de colaborar.
Pois na quinta eu pedi arrego, apoiada pela Lolô. No sábado minha mãe chegou, pegou a Manu num braço, a Lolô no outro e me ajudou infinitamente. Uma ajuda que não se paga no fim do mês porque tem laços de sangue envolvendo tudo.
Daqui do quarto ouço elas na sala. Minha mãe sentada com a Lolô no chão por horas e horas, contando histórias, dando com ela boas gargalhadas, dando comida, alimentando seu faz-de-conta. De vez em quando uma fala para a outra: eu a-do-ro-a-lo-lô e a pequena responde eu a-do-ro-a-vovó-Laila. E a Manu logo se aconchegou no colo dela.
Fiquei em paz. Inclusive porque não lembrava muito da minha mãe na minha infância.
Estou preenchendo esta lacuna da minha memória com sensações ótimas.

Um comentário:

  1. Ufa, Aninha! Ainda bem que as coisas estão se acertando por aí. E ainda bem que você transforma suas desventuras em humor.
    Quando o furacão dos primeiros dias (ou meses?) passar, me auto-convido para visitar a trupe.

    Beijoquinhas graúdas!

    P.S.: Kézia é nome da ex do meu ex - hahaha!

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